DR. MANHATTAN (Jon Osterman)
O único super-ser. Antes um cientista que teve acidentalmente seu corpo desintegrado em um experiência com campos intrínsecos, acabou se reconfigurando em uma figura semi-divina.
Pode ser considerado um benefício ou um perigo para a humanidade. Em tese, sua presença era uma mensagem clara aos comunistas de que a América detinha um poder supremo e indestrutível. Por outro lado esse poderia ser mais um motivo para a aceleração da corrida armamentista e a precipitação de uma guerra nuclear.
Mesmo com seus poderes quase ilimitados e sua onipresença temporal, o Dr. Manhattan vive em uma balança entre suas emoções humanas e sua indiferença divina. É sem dúvida o personagem mais complexo e enigmático de Watchmen. Talvez o salto mais extenso de Alan Moore na contemplação do imaginário, da filosofia e da ficção-científica.
RORSCHACH (Walter Kovacs)
Seu codinome é atribuído ao fato de sua máscara (ou face, como ele mesmo diz) mimicar os testes psicológicos de Hermann Rorschach, feitos através de pranchas com manchas de tinta simétricas.
Assim como o Dr. Manhattan representa o poder do Super-Homem, Rorschach é um retrato mais realista de Batman neste universo. Segundo Moore, um investigador com traumas de infância e consequências muito mais densas, que resultam em um homem de valores distorcidos, obsecado por uma vingança impalpável e em constante agonia psicológica.
A história de Rorschach é a mais assustadoramente real de todas e acontece todos os dias com milhares de pessoas. O tamanho da psicose em sua mente é um efeito irrefutável de sua aterradora vivência. A única diferença e que ela foi direcionada à punição do mal. Ou assim ele pensa.
COMEDIANTE (Edward Blake)
Podemos ver uma versão niilista do Capitão América encarnada no Comediante, aliás, talvez uma das faces mais verdadeiras da America. Cruel, cínico, egoísta, o Comediante é muito parecido com o Coringa de Batman - O Cavaleiro das Trevas (filme), ignorando convenções sociais e em sua crença de abraçar o caos para realmente entender como o mundo funciona.
ESPECTRAL II (Laurie Juspeczyk)
É uma bagunça emocional. Influenciada pela mãe (Espectral dos Minutemen nos anos 40), assume seu legado sem realmente entender as consequências disso. Era um caminho fácil e estava à sua frente, parecia lógico e justo, mas como em muitos casos reais, foi uma escolha que a acabou levando a uma vida vazia.
OZYMANDIAS (Adrian Veidt)
Inspirado em Alexandre, o Grande, Veidt foi um herói idealista, mas incompreendido. Mas título de ”homem mais inteligente do mundo” pode ser encarado, a princípio, como uma grande ironia, já que foi o único que se transformou em uma marca. Quase como um político, usou sua popularidade em prol de si mesmo, criando um império de produtos, merchandising e auto-ajuda.
CORUJA II (Dan Dreiberg)
Talvez o mais sensato da nova geração de vigilantes, também faz alusão a Batman fantasiando-se como um animal noturno e com uma garagem cheia de gadgets. Mas em contraponto, suas motivações são românticas, baseadas em seu gosto por histórias de heróis e admiração por Hollis Mason (Coruja dos Minutemen).
No entanto, depois da Lei Keene, que tornou os heróis ilegais, se aposenta e vive uma vida sem propósito, à beira da depressão.
[Via Jovem Nerd]
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